Dedique uns minutos a preparar o local, assegure-se que não será interrompido, acenda velas e incenso se assim desejar, coloque uma musica relaxante e calma, com sons da natureza ou a batida do tambor.
1. Sente-se ou deite-se, confortável, relaxado...feche os olhos...
2. Respire...inspire profundamente pelo nariz...retenha por breves segundos e então expire lentamente pela boca...inspire cada vez mais profundamente, veja o ar entrar no seu ser como uma energia pura, branca e dourada, uma luz que inunda a sua corrente sanguínea e toca todas as células, todos os seus órgãos...sinta cada célula libertar-se das impurezas quando retém a respiração e expire-as lentamente para fora de si...a cada expiração sinta-se mais leve, mais limpo, mais puro...(repetir as vezes que forem necessárias até estar completamente relaxado e entregue)
3. Olhe à sua volta...no chão está um alçapão de madeira, com uma argola de ferro, puxe-a e abra-o...por baixo estende-se uma escadaria até perder de vista...comece a descer, degrau a degrau...o ar está mais pesado...as paredes são rugosas e negras, húmidas...a luz da entrada está cada vez mais fraca...
4. ...continue a descer...os olhos habituam-se á escuridão...as paredes são agora repletas de cristais... toque-os... sinta a energia que eles emanam...desça...cada vez mais...
5. ...por entre os cristais há raízes de árvores que se entrelaçam...o cheiro a terra molhada é forte agora... algures água corre e pinga...chega finalmente ao fim da escadaria...está numa caverna...os seus pés descalços sentem o calor do chão de turfa...mais á frente há luz...e o som de pássaros a cantar...
6. Encaminhe-se para a abertura da gruta, afaste as ramagens que a encobrem e inspire o aroma de uma manhã de Primavera...proteja os olhos com o braço...a luz do Sol é a mais cristalina que alguma vez viu...borboletas voam ao seu redor...admire a sua dança de leveza...
7. ...há um pequeno prado pontilhado de flores de todas as cores... amarelas... roxas... vermelhas... cor de rosa...abelhas voam atarefadas recolhendo o pólen...oiça-as zumbir...pardais, melros, cotovias, andorinhas...voam e cantam...brincam...repletos de vida...a temperatura é amena...funda-se com tudo o que vê...sinta-se parte deste lugar mágico...vibre na mesma sintonia...seja um com tudo o que o rodeia...
8. ...comece então a andar...sinta a erva fresca, a terra pulsante...atravesse o prado e siga o caminho estreito que se embrenha entre as árvores de um bosque...os raios de Sol são filtrados pelos ramos repletos de folhas e derramam-se como uma caricia sobre o caminho...as árvores são agora maiores...gigantes...os troncos cada vez mais grossos...antigos...árvores anciãs...Mães da vida...oiça o sussurro do vento nas suas folhas...toque os troncos...sinta a aspereza, as rugosidades, a vibração...
9. O caminho começa agora a alargar-se, dando lugar a uma clareira de erva alta que baila ao sabor da brisa...atravesse-a...há um regato que corre, de água fresca e pura, que serpenteia por entre seixos lisos de várias cores...virado para o regato e de costas para si está uma figura gigantesca...o cabelo branco cai-lhe pelas costas abaixo quase até aos pés, num amaranhado de galhos, folhas e terra...as vestes são compridas, uma túnica que já foi branca e que agora não tem cor...o odor que dele emana é acre mas em perfeita harmonia com a natureza que o rodeia...
10. A figura vira-se para o encarar. É um homem muito idoso...a cara está sulcada pelas mesmas rugas profundas que viu nos troncos das árvores anciãs...a barba também branca divide-se em 3 tranças que chegam aos joelhos...os olhos são escuros...sem fim...a sua voz soa como um trovão...
11. “O que queres de mim?” - Responda que quer conhecer o seu animal de poder do momento, para assim receber ajuda e o honrar também.
12. Há uma rocha enorme coberta de liquens e musgo do lado esquerdo, o Ancião Druida tem um bastão na sua mão direita...ele ergue o bastão e você acompanha o movimento com o olhar...O bastão cai sobre a Rocha...o som é ensurdecedor...o chão treme...tudo treme...um animal surge a correr entre a vegetação e para mesmo á sua frente olhando-o na alma...que animal é?
13. Este é o seu animal de poder do momento. Sente-se no chão e conecte-se com ele...oiça o que ele tem para lhe dizer...respire com ele...seja ele...vá onde ele o levar...veja através dos seus olhos...sinta o que ele sente...seja ele...deixe-se ir...
14. Regressado ao leito do riacho, agradeça ao seu animal de poder a honra que este lhe deu, agradeça ao Ancião com toda a humildade e amor do seu coração, ele nada diz mas as suas palavras ressoam na sua alma “volte sempre que quiser, será sempre bem-vindo ao centro de si mesmo”
Olhe à sua volta e despeça-se da paisagem maravilhosa que o acolheu nesta viagem, respire profundamente, olhe para a sua esquerda...há uma árvore gigantesca, com o tronco mais largo que alguma vez viu, há uma fenda no tronco...aproxime-se... a fenda é uma abertura...entre...há uma escadaria em caracol que sobe até onde você não consegue ver...suba os degraus...todos...suba...suba...respire...suba...até ao topo...estique os braços e force levemente e sinta o alçapão a abrir-se, suba os últimos degraus...está de volta...respire...veja o seu corpo e regresse a ele novamente...com amor...lentamente...permita-se o tempo necessário de re